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Saiba o que é a ambliopia, doença conhecida como ‘olho preguiçoso’

A visão humana vai se desenvolvendo conforme vamos crescendo. Durante a infância, pode acontecer de a visão de um dos olhos não se desenvolver bem, o que é chamado de ambliopia, popularmente conhecido como “olho preguiçoso”. De acordo com o Centro Brasileiro de Cirurgia dos Olhos (CBCO), o problema, que afeta cerca de 2% da população, “não está especificamente no olho, mas na região cerebral que corresponde à visão e que não foi devidamente estimulada no momento certo”.

— Daí a importância do Teste do Olhinho ou da realização do exame oftalmológico feito pelo próprio pediatra logo após o nascimento. Consultas regulares durante a fase de desenvolvimento da visão ajudam no diagnóstico precoce, já que a ambliopia é bastante comum até os sete anos — afirma o oftalmologista José Ernesto Ghedin Servidei.

 Além de levar a criança ao oftalmologista, os pais podem estimular a visão dos filhos com atitudes simples.

— O bebê nasce enxergando bem pouquinho. Então para estimularmos a visão dele devemos usar objetos coloridos, com cores contrastantes, porque é mais fácil para ele reconhecer e explorar este objeto — indica Maria Aparecida Onuki Haddad, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

O tratamento

É muito importante que a criança faça sua primeira visita ao oftalmologista até os 4 anos para diagnosticar possíveis problemas de visão. O oftalmologista, quando detectar a ambliopia, vai determinar o melhor tipo de tratamento se baseando na causa da doença. O método de tratamento mais comum é a utilização de um tampão sobre o olho de melhor visão. Assim, a criança é forçada a usar o olho amblíope, que será estimulado. Colírios e lentes que embaçam a visão podem ser usados no olho de melhor visão como alternativa ao uso do tampão. Em caso de ambliopia causada por catarata congênita, o tratamento começa após a cirurgia que cura a doença inicial.

É importante seguir corretamente o tratamento

O tratamento para curar a criança que tem ambliopia é simples: consiste em estimular o olho preguiçoso. Mas, quando não seguido adequadamente, em vez de melhorar a visão, pode piorar.

— O acompanhamento médico é muito importante para sabermos se o olho amblíope está melhorando. Um dos efeitos secundários que não queremos que aconteça é que o olho bom tenha a visão reduzida pelo uso do tampão. Então é muito importante que, uma vez instituído o tratamento para a melhora da visão, ele seja realizado de maneira completa — enfatiza Maria Aparecida.

Um das causas que mais desmotivam a criança e os seus pais a seguirem as recomendações médicas, é o uso do tampão se tornar motivo para zoações no colégio.

— Existe o impacto emocional, que deve ser trabalhado também, para que a gente possa obter bons resultados com a terapia — afirma a médica.

Quanto mais cedo a doença for detectada, maior é chance de cura. Se descoberta com a idade avançada (depois dos 10 anos) os resultados do tratamento não são totalmente satisfatórios.

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